quarta-feira, 20 de julho de 2016

Aquela inquietação no peito

de quem não sabe o que tá fazendo
de quem tem medo do mundo

de quando você some
de quando não sei a próxima palavra a ser dita

de um domingo parado
de um dia sem café, cigarros, você... enfim, meus vícios

de amores complicados
de amores profundos demais para serem esquecidos

de curtas distâncias
de curtas conversas

de meias palavras
de meias verdades

da vontade de chorar sem saber porquê
da vontade de gritar teu nome

da pressa de te ver
da pressa de calar as vozes na minha cabeça

da TV que noticia tragédias
da TV ligada enquanto a gente transa

de não conseguir mais escrever
de não conseguir saber ao certo tudo que inquieta o peito.